Equipe Favelaframa mostra energia brasileira no Red Hook Crit de Milão
Neste sábado (6 de outubro), acontece o Red Hook Crit de Milão, uma das mais aguardadas provas de critério do calendário anual e a última desse porte na Europa antes do longo inverno que chegará lá logo mais.
Como já explicado aqui neste blog, as competições tipo “crit” rolam, geralmente, em circuitos fechados e curtos (de 1 km ou poucos quilômetros). Existem vários formatos de crit, porém quase todos costumam ser disputados em bikes fixas, aquelas com uma só marcha e sem freio, com pinhão fixo (em que se não pode parar imediatamente de pedalar).
Tratam-se de eventos de alta velocidade, cheios de adrenalina, com muitos acidentes e cenas cinematográficas de gente caindo aos montes. Diferentemente de outras vertentes mais “certinhas” da bike, nos crits a galera é mais jovem, tatuada, modernosa e festejante.
Se no início eram provas informais, que ocorriam longe das vistas das autoridades dentro de grandes centros urbanos, hoje diversos critérios nos EUA e Europa viraram sucesso de público, de mídia e de patrocinadores — e, nesses quesitos, ninguém supera o Red Hook Crit (RHC).
Original de Nova York, o Red Hook cresceu, ganhou versões em Barcelona, Londres e Milão. E o Brasil, mesmo com uma comunidade ainda muito nascente de “crit racers“, estará lá na Itália disputando cada milímetro de asfalto e cotoveladas com os melhores do mundo nessa modalidade.
Parte dos brasileiros em Milão estará representada na equipe Favelaframa, com cinco homens e duas mulheres — recorde na história deles em critérios internacionais.
O time foi criado por Henrique Leandro de Azevedo, 34, que mora em Barcelona há 12 anos, onde trabalha com turismo e hotelaria. A seguir, ele responde a algumas perguntas sobre o Favelaframa e os crits.
Por que você quis criar uma equipe de bike?
HENRIQUE LEANDRO DE AZEVEDO A equipe surgiu a partir de nossa paixão de competir e correr com provas protagonizadas por bikes fixas, como critérios e competições de pista. Atualmente somos em dez pessoas, e nossa família não para de crescer!
Qual a grande dificuldade de correr um crit?
A maior dificuldade para o rider é acertar a relação no dia da corrida (a relação da única marcha disponível na bike fixa; se for muito pesada, pode ser contraproducente; se for muito leve, o ciclista pode sofrer para acompanhar o pelotão).
O que você mais curte em critérios?
A adrenalina que permeia toda a corrida, e o ambiente entre as equipes e seus integrantes antes e depois dos eventos.
Vocês participam de provas em outras modalidades da bike?
Sim, especialmente ciclocross e ciclismo de estrada.