A revolução das e-bikes chegou (e veio para ficar)

A revolução já começou: as bikes elétricas saíram do ostracismo e, graças a novas tecnologias e design, já estão transformando a forma como pedalamos e nos deslocamos nas cidades e nas trilhas.

Se por algum tempo eram vistas com olhos desconfiados por quem pedalava modelos tradicionais, agora essa fase passou. Além de ciclistas que deram o braço a torcer, as versões de pedal assistido também estão conquistando outra parcela da população — quem não necessariamente curtia bicicletas, mas encontrou nas elétricas uma maneira prática de se locomover pela cidade.

Assim muita gente vem deixando o carro em casa, ou vem trocando o transporte público pela curtição das e-bikes.

E essa tendência deve aumentar nos próximos, quando veremos mais pessoas aderindo às elétricas e mais produtos acessíveis a diferentes orçamentos.

É sempre bom lembrar que as elétricas são bikes de pedal assistido — ou seja, é preciso pedalar para fazê-las se movimentar. Não se trata de uma “mobilete”; dependendo do percurso é preciso fazer força e suar. Ok, não é o mesmo que pedalar uma bicicleta comum, mas ainda assim é mais saudável que usar o carro.

Modelos como a nova eUrban, da brasileira Tito, são bonitos e mais em conta que as importadas (Foto: Divulgação)

Nesta época do ano, diversas marcas aproveitam para lançar suas novas linhas de bikes. Só na semana passada, três grandes fabricantes de bicicleta organizaram eventos para mostrar o que de mais novo chegará ao mercado brasileiro. E todas, sem exceção, afirmam que estão focando boa parte de seus investimentos e energia nas turbo (como são muitas vezes chamadas as e-bikes).

Veja o caso da Tito Bikes, marca brasileira dos herdeiros da Caloi. Sua nova eUrban é bonita, eficiente e custa R$ 6.600 — preço salgado, porém ainda bem mais em conta que muitos modelos importados. Tem bateria de lítio com carga para 50 km, e é toda composta por peças Shimano (7 velocidades). O motor tem três fases e, como manda a lei brasileira, chega a 25 km/h.

A mineira Sense é outra empresa brasileira que vem desenvolvendo bons produtos, como sua Impulse. Com motor de 350 Wh, tem 8 velocidades e freios a disco mecânicos. Sai por cerca de R$ 7.000.

Modelos como a Vado são apostas da norte-americana Specialized para o mercado de elétricas (Foto: Divulgação)

Marcas gringas tradicionais como a Specialized perceberam faz tempo o potencial das bikes turbo. A estratégia de marketing da empresa para esse setor pode ser resumida na frase de sua campanha: “Você, só que mais rápido”.

Para o mercado brasileiro, a Specialized tem trazido não apenas e-bikes urbanas (que saem por mais de R$ 20 mil, porém) como divertidíssimas elétricas para as trilhas. Entre elas, o destaque fica para a linha Levo, uma supermáquina que encara trilhas de forma impressionante. Sua versão top de linha é para abastados (R$ 67 mil), mas há versões um pouco mais baratas.

Mountain bikes elétricas?! Sim, as turbos arrebataram os corações de muitos ciclistas que adoram as trilhas. Não é difícil entender o motivo: com uma e-bike off road, é possível pedalar muito mais e conhecer lugares incríveis, antes impossíveis de se chegar usando apenas a força das pernas.

A Trek, outra marca estrangeira renomada, também oferece modelos para as trilhas que surpreendem até mesmo mountain bikers rabugentos que detestam novidades elétricas. Sua linha Powerfly é ultra-rápida e ágil em terrenos off-road, com suspensão dianteira e traseira. Um colosso em singletracks e estradões. A brincadeira, no entanto, sai caro: a Powerfly FS 7 Plus está R$ 39 mil.

A Powerfly é a elétrica da Trek para trilhas de mountain bike (Foto: Divulgação)

Ainda fica meio de cara virada para as e-bikes? Comece a mudar de postura. A e-revolução ciclística surgiu forte e não irá embora tão cedo. Pelo contrário. Por isso, abrace essa nova onda e, acima de tudo, divirta-se!